Ex-presidente do Bahia Fernando Schmidt morre aos 76 anos
Ex-secretário e ex-ministro, ele foi o primeiro presidente eleito democraticamente na história do clube
O ex-presidente do Bahia Fernando Schmidt morreu na madrugada de hoje (4) em Salvador, aos 76 anos. Ele estava internado na UTI do hospital Jorge Valente, por conta de uma enfermidade neurológica.
Fernando Schmidt chegou a integrar a esfera federal como Ministro do Trabalho e Emprego (hoje extinto) no ano de 2003 quando o presidente era Luiz Inácio Lula da Silva. Além disso, ele foi chefe da Casa Civil na gestão de Mário Kertész na prefeitura de Salvador, entre 1986 e 1988, e foi secretário estadual no governo de Jaques Wagner em 2013.
Foi o primeiro presidente eleito democraticamente pelo clube, em 2013, após ação judicial que retirou do poder o então mandatário Marcelo Guimarães Filho, e comandou o clube até dezembro de 2014.
O corpo de Fernando Schmidt será sepultado nesta segunda-feira, às 15h, no Cemitério Campo Santo.
Nestor Mendes Jr, jornalista e autor de “Nunca Mais! 25 Anos de Luta Pela Liberdade no Esporte Clube Bahia”, lamentou a morte do ex-presidente. "Schmidt era o nosso grande diplomata – na política e no futebol, se é que existiu alguma vez divisão explícita desses dois temas em sua vida - homem de elegância sutil, com o seu indefectível suspensório e abotoaduras de madrepérola em camisas alinhadas. Um cavalheiro de outros tempos, do quase pós-guerra, mas visionário, sempre adiante do seu tempo", escreveu.
Em nota, o Esporte Clube Bahia manifestou solidariedade aos familiares e amigos do presidente, lembrou da trajetória de Schmidt e homenageou os feitos do ex-gestor. "Entre os feitos dos 15 meses de sua mais recente gestão, além do título baiano de 2014, pavimentou o processo de recuperação e ampliação do patrimônio azul, vermelho e branco. 'É com muita emoção que faço o anúncio dessa negociação (retomada do Fazendão e da Cidade Tricolor) como legado deste mandato-tampão, de pouco mais de um ano, que estamos concluindo', disse na época. E lembrou: 'Recebemos o clube com zero em caixa, zero em patrimônio, zero em documentos, zero em planejamento, zero em transparência, quase zero em sócios'. Toda a evolução administrativa e esportiva saboreada pelo Bahia Democrático, nacionalmente reconhecida e exaltada, iniciava-se ali", divulgou o clube.
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